O espetáculo Paixão de Cristo foi encenado mais um ano na Paróquia
Santo Antônio de Pádua, na cidade de Alto Paraná, noroeste do Paraná.
O espetáculo narrou os
últimos passos da vida de Jesus na terra, e contou com mais de 50 personagens e
diversas outras pessoas da própria comunidade envolvidos nos bastidores.
A encenação trouxe realismo e ação em cada cena, que vai do
figurino ao drama de cada personagem. A maquiagem, o cenário e a iluminação
também foram importantes componentes que inseriram o público nessa experiência
única.
União
da Comunidade
Desde o início, a encenação da “Paixão de Cristo” teve o apoio da
comunidade. Em momentos de fraternidade, o coordenador da encenação, Édi Ortiz,
convidou a todos da comunidade para que pudessem e se sentissem acolhidos para
atuarem na encenação, o convite foi aceito por muitos e daquele dia em diante,
a organização começou a ser preparada para o grande dia.
Inúmeros ensaios, contratempos,
mas acima de tudo, a força de vontade de todos os membros para que o resultado
fosse o melhor possível e pudesse transparecer a realidade do que havia vivido
Jesus. Foram inúmeros dias de ensaios, fosse chuva, ou fosse sol, foi a noite,
ou fosse durante o dia, sempre contando com a participação de membros de
pastorais, grupos e movimentos da Paróquia Santo Antônio de Pádua da Diocese de
Paranavaí.
A Semana Santa é, tempo de reflexão e conversão
dos fiéis católicos. Esse espírito é recordado nas celebrações especiais que
ocorrem durante toda a semana, mas também, através de encenações promovidas
pelas paróquias e comunidades da Diocese, para lembrar a Paixão, Morte e
Ressurreição de Cristo.
Trajeto: A logística muito bem
preparada pela equipe de direção, contou com figurinos que trouxeram realismo a
cada momento, tudo começou com a Instituição da Eucaristia, neste ano, a
apresentação aconteceu em toda a extensão da Praça Souza Naves no centro da
cidade, reunindo centenas de fiéis que acompanharam passo a passo de cada
momento, desde o Lava Pés, até o momento em que Jesus carrega a Cruz rumo ao
calvário. O momento de dor e aflição foi também vivido por muitos, que puderam
acompanhar durante vários momentos da via sacra dolorosa. Era notório ver o
semblante das pessoas sentindo a dor, e até mesmo emocionadas, principalmente
na hora em que Jesus, encenado pelo Jovem Felipe Mulatti, cai com a cruz, e
leva a chibatada por um dos soldados, interpretado pelo fiel Edson, de uma das
pastorais de nossa paróquia.
Centenas de pessoas acompanharam esse momento,
e nesse trajeto também se fez presente o sacerdote local, Padre Osvaldo
Marcelo, acompanhado do Seminarista Matheus Urgani que no meio do público pode
acompanhar detalhadamente o desfecho da história.
Para Rose Souza, a experiência de poder acompanhar
a encenação em céu aberto, foi algo que mexeu muito com seu emocional, ela
detalha " foi muito emocionante, eu chorei no momento em que Jesus estava
fixo na cruz, o fundo musical me fez refletir muito toda a dor de Jesus, me
coloquei no lugar de mãe, ou seja, no lugar de Maria, de fato mexeu muito
comigo, e foi uma bela encenação".
Já para Matheus Henrique, jovem que também
acompanhou o momento, foi uma experiência muito legal, ele declarou: "foi
algo importante, essa é a segunda vez que vou em uma apresentação dessa, foi
muito legal aprender e viver um pouco da realidade do que Jesus passou".
Para Sandra Mara que fez parte da equipe de
encenação, conta que ter participado mais um ano, foi algo que sempre ficará guardado
em seu coração " cada encenação é uma experiência nova, aprendemos muito
desde o momento em que estamos ensaiando, até o momento em que apresentamos ao
público, jamais esquecerei".
Felipe Mulatti, jovem que interpretou Jesus na
encenação, em forma de gratidão, após encenar a cena em que Jesus ressuscita em
sinal de humildade, e de braços abertos, no ponto mais alto foi saudado com uma
forte salva de palmas de todos os presentes. Ele menciona ainda "foi algo imensurável,
fiquei muito feliz vendo, ouvindo, e sabendo que as pessoas gostaram, fiz a
entrega de coração e me orgulho de todos que fizeram parte desse momento"
Ana Gouveia e Elza Cardoso que também
contracenaram, tiveram experiências parecidas, Ana narra que para ela o momento
mais marcante foi quando Jesus foi despojado de suas vestes, também a parte em que
Maria enxugou o rosto de Jesus "foi uma hora muito triste, foi muito
triste, um aperto no coração, que até eu chorei, já para Elza, foi quando Jesus
apanhava e caia com a cruz nas costas, e o momento em que ele disse: "Está
tudo consumado", ela frisa que seus olhos se encheram de lágrimas com o
momento forte.
Para Milton, o momento em que as escuras, eram
dadas as chibatadas em Jesus, antes de ser entregue, foi a parte mais dolorosa,
todos que estavam na praça, próximo ao palanque puderam ouvir e foi algo forte
e de muita dor".
Já Inês, conta que todo esse processo do ensaio a
apresentação final foi de superação: " todos nós durante os ensaios
sabíamos as nossas dificuldades, no entanto, no momento final, a entrega foi
total a ponto de entendermos que verdadeiramente o Espírito Santo agiu,"
conta ela.
Para Advaldo Filho, que esteve presente em todos os
ensaios, narra que realmente "todos se surpreenderam com o preparo,
entrega e profissionalismo, sem via das dúvidas todos contribuíram para este
grande feito, a emoção foi a flor da pele com cada detalhe".
Rogério, deu vida a dois personagens; e enfatiza
com júbilo "fiquei muito feliz por participar de uma encenação de um dos
acontecimentos mais marcantes da história da humanidade".
Para Édi Ortiz, organizar tudo isso não foi nada
fácil, mas o propósito principal era: "Tudo o que fizermos é para Deus,
então precisamos dar o nosso melhor", contou ele. Esse ano em virtude de
várias atividades tais como IVC, quase que não fizemos a encenação esse ano, no
entanto, todos deram o seu máximo e com seguimos superar as barreiras".
Para concluir, o sacerdote local, Osvaldo Marcelo
enfatizou o trabalho muito bem preparado por toda a equipe: "gostaria de
agradecer todos vocês que se dedicaram, se prepararam para essa apresentação
tão bonita, agradecer toda a equipe que auxiliou em cada momento". O padre
ainda declarou ao final "foi muito bonito ver toda a encenação, assim
como, poder ouvir no meio da multidão pessoas emocionadas com o que viam.
Produção Textual: Advaldo Filho (Jornalista)
Parabéns
ResponderExcluirFoi tudo muito lindo
Com certeza agradaram a Deus, Que Deus abençoe grandemente a todos os envolvidos nessa jornada.