"Ajudem os pobres", foi o último pedido do Monsenhor Miguel Falabella antes de falecer com Covid-19


A Arquidiocese de Juiz de Fora (MG) comunicou na manhã desta terça-feira o falecimento de Monsenhor Miguel Falabella de Castro, o qual, como último pedido, solicitou que, em vez de lhe oferecerem coroas de flores, doem o valor para uma obra de ajuda aos pobres.


Mons. Miguel Falabella, de 89 anos, faleceu às 23h30 de segunda-feira, 23 de novembro, na UTI da Santa Casa de Misericórdia, onde estava internado após ter recebido o diagnóstico de Covid-19 em 9 de novembro.“Em nome dos familiares, em nome da Irmandad

e do Senhor dos Passos, da qual era membro, da Diretoria da Santa Casa de Misericórdia da qual fazia parte como representante do Arcebispo, e ainda em nome de toda a nossa Arquidiocese de Juiz de Fora, levo a todos o conforto da fé na ressurreição dos mortos, que ele pregou tão bem em toda a sua vida, e a gratidão por tudo aquilo que este extraordinário servo de Cristo fez em sua longa vida sacerdotal”, expressou o Arcebispo de Juiz de Fora, Dom Gil Antônio Moreira.


Foi o Prelado quem revelou o último pedido de Mons. Falabella. “Cumpro o dever de informar, segundo o seu belo Testamento Espiritual, cuja cópia está em meu poder, que ele pediu aos que por acaso quisessem oferecer-lhe coroas de flores, não o fizessem, mas destinassem à obra ‘Pequeninos de Jesus’, que na Arquidiocese cuida dos pobres que vivem em situação de rua, o valor que despenderiam com tal homenagem”, informou o Arcebispo.

Segundo a Arquidiocese, respeitando as normas da saúde pública, o velório e o Rito das Exéquias serão feitos com a participação apenas de alguns familiares e poucos padres, no Cemitério Parque da Saudade, em horário a ser comunicado internamente.

Mons. Miguel Falabella de Castro nasceu em 29 de junho de 1931, em Mar de Espanha (MG), onde foi ordenado sacerdote em 25 de abril de 1954, pelo primeiro bispo da então Diocese de Juiz de Fora, Dom Justino José de Santana. Seu lema de ordenação era “Jesus Cristo é o Senhor” (Fl 2,11).

Em seu ministério presbiteral, serviu como pároco da Catedral Metropolitana de Juiz de Fora por quase 40 anos, entre 1963 e 2002, quando recebeu o título de Vigário Geral da Arquidiocese, função que exerceu até março de 2019, tendo renunciado por motivos de idade e saúde.

Foi também pároco da Paróquia São Geraldo, do Bairro Teixeiras, entre 2002 e 2009, ano em que começou a trabalhar como Vigário Paroquial na mesma comunidade. Desempenhou ainda este mesmo cargo, nos últimos anos, na Paróquia Bom Pastor e na própria Catedral.

A Arquidiocese de Juiz de Fora cita ainda que, entre os títulos recebidos pelo presbítero estão o de Cidadão Honorário de Juiz de Fora, de onde também é considerado Cidadão Benemérito; Cidadão Honorário de Santa Rita de Ibitipoca; Mérito Comendador Henrique Guilherme Fernando Halfeld; Medalha da Inconfidência; Diploma de benemérito-amigo da Polícia Militar de Minas Gerais e Personalidade Cobra de Ouro da ANVFEB (Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira).

via ACI
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