Detalhes arrepiantes envolvendo a data e como aquela jornada foi vivida pelo Papa, pelo médico, pela Cúria e pelo planeta inteiro.
O Papa São João Paulo II faleceu em 2 de abril de 2005, às 21h37.
1 – Dia de Maria
Era um sábado, dia da semana que a Igreja dedica especialmente a Nossa Senhora. O Papa João Paulo II também tinha dedicado o seu pontificado especialmente a ela, inclusive no lema “Totus tuus ego sum, Maria, et omnia mea tua sunt” (Sou todo teu, Maria, e tudo o que é meu é teu).
Emblema do pontificado de São João Paulo II: a letra "M" evoca Maria
2 – Véspera da Divina Misericórdia
Era também a véspera do Domingo da Divina Misericórdia, que ele próprio tinha instituído no ano 2000: trata-se do segundo Domingo da Páscoa, voltado a recordar a infinita Misericórdia de Deus. É uma solenidade enriquecida de indulgências e inspirada no pedido de Jesus a Santa Faustina Kowalska, de quem São João Paulo II era grande devoto.
3 – O planeta em suspense
Minutos após o falecimento, dom Leonardo Sandri, Substituto da Secretaria de Estado da Santa Sé, anunciou a notícia ao mundo. Não só a Praça de São Pedro estava repleta de fiéis que rezavam pelo pontífice, como o planeta inteiro estava acompanhando havia vários dias um noticiário intenso sobre o estado de saúde do Papa. Ele tinha se fragilizado bastante e a hora da partida era iminente. Ao longo da semana anterior, meios de comunicação de todo o mundo haviam coberto com grande destaque os últimos dias de um dos mais longos e importantes pontificados de toda a história bimilenar da Igreja.
4 – Uma janela inesquecível
Segundo o cardeal Stanislaw Dziwisz, que tinha sido secretário pessoal de São João Paulo II durante mais de 40 anos, o Papa escutava as orações da multidão que tinha estado rezando em voz alta na Praça de São Pedro desde vários dias antes do seu falecimento. No Domingo de Páscoa de 2005, o Papa arrancou aplausos e lágrimas do planeta inteiro ao tentar, sem sucesso, dar a tradicional bênção “Urbi et Orbi” da janela de seus aposentos aberta à Praça de São Pedro. Após esse evento, ele ainda fez questão de voltar a aparecer na janela na quarta-feira seguinte, 30 de março, para dar a bênção ao povo. Esta nova tentativa, também marcada por grande dificuldade, foi, segundo o Vaticano, “a última estação pública da sua dolorosa Via Crúcis“.
5 – Três milhões de peregrinos
Da noite de 2 de abril até o dia 8, quando as exéquias do falecido Papa foram celebradas, mais de 3 milhões de peregrinos fizeram questão de homenagear pessoalmente São João Paulo II. Grande parte deles chegou a passar mais de 24 horas na fila para entrar na Basílica de São Pedro.
6 – Setenta e cinco chefes de Estado
Participaram do funeral 75 chefes de Estado, entre presidentes, monarcas e primeiros-ministros, além de centenas de outras autoridades. A população de Roma dobrou durante esse período.
7 – O testemunho do médico sobre a noite da partida
O Dr. Renato Buzzonetti, durante 27 anos, foi amigo e médico do Papa e cuidou dele em ocasiões dramáticas, como o atentado a bala de 13 de maio de 1981 – aquele em que “uma mão disparou, mas outra mão guiou a bala” (confira aqui). Naquela noite de 2 de abril, o médico segurou a mão do Santo Padre até os últimos momentos. É dele este depoimento:
“Para o médico cristão, muitas vezes um cireneu desconhecido, a agonia de uma pessoa é um ícone da agonia de Jesus. A de João Paulo II foi a morte de um homem já despojado de tudo, que tinha lutado o bom combate e chegado ao encontro com o Senhor (…) Nós cantamos o Te Deum, um hino de louvor e de ação de graças que se fundia com a oração unânime dos fiéis na Praça de São Pedro”.
8 – O relatório solicitado por Bento XVI
O Papa sucessor, Bento XVI, determinou que os detalhes significativos sobre o falecimento do Papa São João Paulo II fossem reunidos num relatório que veio a ser divulgado em setembro de 2005, vinculado ao boletim oficial do Vaticano, a Acta Apostolicae Sedis. Com mais de 200 páginas, o relatório descreveu a jornada de partida do Papa polonês rumo ao Abraço Eterno do Pai.
De acordo com o relatório, São João Paulo II sofreu um “choque séptico com colapso cardiocirculatório devido a uma infecção urinária que já havia sido detectada“. Em sua última semana de vida neste mundo, ele tinha se alimentado por meio de uma sonda nasal. Os problemas para ingerir alimentos e para respirar, segundo os médicos, eram consequência da doença de Parkinson.
9 – A última Santa Missa
O documento vaticano relatou que os olhos de São João Paulo II tinham permanecido praticamente fechados durante a Missa celebrada junto à sua cama na tarde de 31 de março de 2005. Mesmo assim, diz o texto,“…no momento da consagração, ele levantou lentamente a mão direita duas vezes, ou seja, quando se levanta o pão e o vinho, e fez um gesto indicando que estava tentando bater no peito durante a recitação da oração do Cordeiro de Deus”.
10 – O último Sacramento
Naquele mesmo dia, o cardeal Marian Jaworski, amigo do Papa desde a juventude na Polônia, lhe administrou o sacramento da Unção dos Enfermos.
11 – As últimas palavras
Ainda conforme o relatório, o Papa entrou em coma por volta das 19 horas e faleceu às 21h37, mas antes, aproximadamente às 15h30, apesar de muito fragilizado, febril e com um tubo na garganta, ele tinha reunido as poucas forças físicas que lhe restavam para pronunciar a sua tocante frase de despedida. Em sua língua materna, o polonês, Karol Wojtyla fez um pedido-declaração tênue, mas claro, seis horas antes de partir:
“Deixem-me ir para a Casa do Pai”.
via Aleteia
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Como eu admirava o João Paulo II ele é o meu iroi o meu pai também teve a Parkinson também sofreu muito muito eu só pedia aao papa para o ajudar a só portar o sofrimento e tenho a certeza que o papá o ajudou e o levou para junto deles Amém
ResponderExcluirUm grande pontificado, um grande homem. Momento alto da igreja católica. Bem haja Santo João Paulo II pelo que fez por todos nós. Amém.
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