Uma fotografia tirada ao pôr-do-sol no sul da Itália tem viralizado nas redes sociais do mundo inteiro. O autor da foto foi apontado como sendo um empresário italiano chamado Alfredo Lo Brutto, de Agropoli.
Nas imagens, vê-se uma figura de luz formada pelos raios de sol entre as nuvens. Suas formas evocam Jesus Cristo, em pé sobre o Mar Tirreno, e foram apontadas por outros internautas como semelhantes às da estátua do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro.
A postagem originalmente feita pelo perfil em nome de Alfredo Lo Brutto não está mais disponível no Facebook (pode ter sido apagada por ele ou tido suas configurações de privacidade alteradas), mas, por ter sido compartilhada por outros internautas (como neste link), ainda é possível conferir o que dizia:
“Fiquei encantado com a visão. Eu não costumo compartilhar fotos nas mídias sociais, mas quando tirei esta, senti na hora que eu queria que mais pessoas também a vissem, porque era linda”.
Pareidolia
Caso se trate de uma imagem autêntica, ela pode ser descrita como um exemplo de pareidolia, termo científico para o fenômeno por meio do qual desenhos abstratos são interpretados pela mente humana como formas reais. A palavra vem do grego para-, semelhante a, e eidolon, imagem, figura.
Pode-se falar em “milagre”?
Não. Não se pode falar tecnicamente em milagre quando existem explicações científicas plausíveis para um acontecimento. É muito comum que elementos da natureza apresentem formas curiosas e inspiradoras, inclusive recordando pessoas. Pode acontecer não só com as nuvens, mas também com flores, com a disposição dos ramos de uma árvore, com os contornos de uma montanha, com as curvas de um rio fotografado do alto…
Recentemente, imagens similares ganharam as redes: uma delas mostrava nuvens cujas formas foram apontadas como evocadoras do Espírito Santo; em outra, as nuvens lembravam com bastante nitidez a imagem de um bebê no ventre materno; outra foto apresentava uma flor cujas formas lembravam as de Nossa Senhora.
Confira:
Reprodução Internet
Laury Moussiere / Arquivo pessoal
Reprodução internet
Como se identifica um milagre propriamente dito?
O uso do termo “milagre” é bastante popular e comum diante de fenômenos que parecem sobrenaturais: na grande maioria dos casos, o uso dessa palavra é bem intencionado, mas precipitado e equivocado como termo técnico.
Milagres são fenômenos cientificamente inexplicáveis, que contradizem as regras da natureza conforme as conhecemos. O caso em questão, no entanto, é perfeitamente explicável pela ciência.
São necessários criteriosos e detalhados estudos científicos para que algum fenômeno possa ser oficialmente declarado como de caráter sobrenatural. A Igreja católica segue critérios científicos bastante rígidos para afirmar algum milagre. Os milagres de cura, por exemplo, chegam a demorar décadas até serem reconhecidos. Os fatos precisam ser cuidadosamente estudados por médicos, revisados por cientistas (na maioria dos casos, laicos e até mesmo ateus), expostos às críticas públicas e, só depois de feitos todos os estudos científicos, a própria Igreja faz a análise teológica mediante o trabalho das suas comissões de especialistas em teologia.
Não é apenas o sobrenatural que pode nos impactar: a própria natureza, incluindo a nossa capacidade natural de admirar o belo, também tem muito a nos “dizer”, dado que o fascínio da natureza, em si mesmo, já nos remete a uma das perguntas-chave da filosofia e da ciência: qual é a origem de tudo isso?
Mesmo um acontecimento tranquilamente explicável pela ordem natural das coisas pode servir como “gatilho” para reflexões importantes.
O cristão acredita que Deus nos fala através de sinais, sejam naturais, sejam sobrenaturais, e que Ele sempre deixa à liberdade de consciência de cada um a decisão final de como interpretá-los. Os próprios ateus, aliás, costumam enfatizar que as tragédias são uma “prova” de que Deus não existe, apelando para a sua “fé” na inexistência de Deus com base em sinais passíveis de interpretações pessoais (que, aliás, cientificamente falando, não são válidos como provas).
Para quem crê na inexistência de Deus, tudo é e será sempre mero acaso e falta de sentido. Para quem acredita em Deus e no sentido sobrenatural da existência, tudo é e será sempre um grande milagre, testemunhado por uma abundância de sinais repletos de sentido.
via Aleteia
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