Os brasileiros estão acostumados a ver políticos aproximarem-se de igrejas e proferirem discursos repletos de menções à Deus no período eleitoral, mas o estilo de Chris Tonietto certamente será uma novidade para os que tendem a rotular políticos religiosos sempre com o mesmo e menosprezado estereótipo.
A advogada católica de 27 anos, eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro, não se dá por satisfeita com devoções superficiais ou noções genéricas sobre fé. Ela prefere ir à fundo no estudo da doutrina católica, da história da Igreja e da filosofia tomista. Sem nenhum receio de críticas, Chris é enfática ao destacar a necessidade do Brasil “reconhecer Cristo como rei de nosso país”, dever que leva à cabo com o auxílio simbólico da frase “Viva Cristo Rei”, cheia de significado para os conhecedores da história católica na América Latina, e à qual ela recorre com bastante frequência.
A advogada católica de 27 anos, eleita deputada federal pelo Rio de Janeiro, não se dá por satisfeita com devoções superficiais ou noções genéricas sobre fé. Ela prefere ir à fundo no estudo da doutrina católica, da história da Igreja e da filosofia tomista. Sem nenhum receio de críticas, Chris é enfática ao destacar a necessidade do Brasil “reconhecer Cristo como rei de nosso país”, dever que leva à cabo com o auxílio simbólico da frase “Viva Cristo Rei”, cheia de significado para os conhecedores da história católica na América Latina, e à qual ela recorre com bastante frequência.
Chris é integrante do Centro Dom Bosco (CDB), entidade cultural de inspiração católica, liderada por leigos, cuja influência nacional é notoriamente crescente. Foi motivada principalmente pelos amigos do CDB que Chris decidiu encarar a disputa eleitoral e tornar-se uma voz ativa nos debates públicos sobre temas que são tão caros aos cristãos. Em agosto desse ano, por exemplo, Chris confrontou cara a cara o ministro Roberto Barroso, do STF, quanto à sua posição favorável à legalização do aborto. O episódio ocorrido num evento no Rio de Janeiro foi filmado e viralizou por semanas nas redes pró-vida.
Com a expectativa de que a deputada eleita esteja na linha de frente das disputas na Câmara em pautas pró-vida e pró-família, o Blog da Vida entrou em contato com Chris Tonietto que gentilmente nos concedeu a entrevista que segue:
Blog da Vida: Em várias ocasiões você reforçou a necessidade da “sociedade reconhecer Cristo como Rei do Brasil e Rei do Universo”. É um discurso corajoso, mas nada comum, nem entre deputados que se apresentam como católicos. Como você responde às críticas de que esse tipo de discurso fere a laicidade do estado?
Chris Tonietto: Em primeiro lugar é importante lembrar que o Estado é laico, mas não é ateu, laicista ou irreligioso. O Estado é laico, mas o povo não. Muito pelo contrário. Cerca de 80% da população brasileira é cristã, notadamente católica. Portanto, o Estado laico deve respeitar a todas as denominações religiosas, inclusive a fé católica professada pela grande maioria do povo brasileiro. Isso se chama respeitar a própria democracia. Atualmente vivemos em um tempo em que muitos defendem e chancelam não o respeito à religião em geral, mas a própria negação da fé e a relativização da verdade. Eu sou católica e resolvi concorrer a um cargo eletivo de deputada federal. Por diversas vezes – senão todas – conclui meus discursos com o brado retumbante de “Viva Cristo Rei” por uma razão muito simples: sou católica e, como católica, defendo a restauração da cristandade e percebo que somente teremos uma verdadeira cultura de paz se voltarmos a reconhecer Cristo como Rei de nosso país. Isso não fere o Estado laico, pois se deve respeitar a minha crença e a minha confissão de fé, já que sou uma dentre os 80% da população católica do Brasil. Não posso negar quem sou em nome de um cargo eletivo, o que seria, além de tudo, uma grande hipocrisia. O Estado pode ser laico, mas eu não.
Chris Tonietto protestando contra o ativismo judicial de Roberto Barroso, em agosto desse ano, num evento cujo palestrante era o ministro do STF (foto: Facebook/Chris Tonietto).
Blog da Vida: Em um vídeo que viralizou nas redes sociais você aparece confrontando o ministro do STF Roberto Barroso sobre a ADPF 442. Pretende prosseguir com as críticas ao tribunal depois da posse como deputada? Por que?
Chris Tonietto: Certamente! Um dos principais motivos que me levaram a concorrer ao cargo de deputada federal foi a firme decisão de lutar pela vida – desde a concepção – daqueles que, dentro do útero de suas mães, não têm voz e precisam da nossa para ter seus direitos assegurados pela lei. O STF tornou-se, ao longo da última década, uma verdadeira plataforma para o ativismo judicial, passando por cima da vontade popular – maciçamente contrária ao aborto – e implantando a Cultura da Morte em nosso país. É necessário um reequilíbrio entre os três poderes, já que percebemos hoje um agigantamento do Poder Judiciário, o que vem colocando em risco a própria democracia. Portanto, como deputada, tenho compromisso de lutar contra o ativismo judicial e a favor do reequilíbrio dos poderes para atender o art. 2° da Constituição Federal.
Blog da Vida: Você é mulher e assumidamente conservadora. Certamente enfrenta – e enfrentará mais quando estiver na Câmara – críticas de grupos feministas que consideram quem tem esse tipo de postura uma traidora. Como lida com essa questão?
Chris Tonietto: Antes de mais nada, as feministas são as verdadeiras traidoras dos interesses da mulher, por defenderem propostas que vão contra nossa própria natureza feminina. Deus nos fez diferentes dos homens, e apenas os valores tradicionais cristãos podem resgatar esse equilíbrio que foi perdido na sociedade. Importante esclarecer que para lutar pelos direitos da mulher não preciso me associar ao movimento feminista que não passa de uma ideologia que, no fundo, mata a alma feminina em nome de uma pseudo-libertação da mulher. Sou feminina e jamais feminista!
Chris Tonietto ao lado do padre Paulo Ricardo de Azevedo Júnior (foto: Facebook/Chris Tonietto).
Blog da Vida: Quais as principais influências no seu modo de pensar?
Chris Tonietto: Como membro da Igreja Católica, em primeiríssimo lugar devo minha formação religiosa à minha família que sempre me instruiu neste caminho e aos bons sacerdotes que, pessoalmente ou por suas obras, transmitiram-me a Fé da Igreja de Cristo. No contexto brasileiro atual, é impossível não mencionar o trabalho do Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Jr., que vem ganhando milhares de almas para Deus e instruindo outras tantas. Minha formação intelectual também tem sido auxiliada pelo professor Carlos Nougué, grande filósofo tomista, e é fortemente influenciada pelos livros, aulas e artigos de Olavo de Carvalho. Quanto às personalidades históricas, cito uma totalmente desconhecida, como geralmente é desconhecido tudo quanto tem valor neste mundo: Godofredo de Bouillon, herói da Primeira Cruzada e conquistador de Jerusalém, modelo de fé, pureza e bravura, as mesmas virtudes que marcam a vida de duas santas em quem, como mulher, devo sempre me inspirar: Santa Catarina de Sena e Santa Joana D’Arc, instrumentos valiosos de Nosso Senhor em momentos de dificuldade para sua Igreja.
Blog da Vida: Sua catolicidade foi certamente o elemento mais marcante da sua campanha. Poderia falar mais sobre como vive sua fé? Quais práticas religiosas você mantém?
Chris Tonietto: Sou coordenadora de Crisma, catequista há 5 anos e desempenho meu apostolado leigo. A respeito das minhas práticas religiosas, como todo católico que tem compromisso com a fé e com a Santa Igreja Católica, participo regularmente dos Sacramentos, procuro fazer meu devocional na parte da manhã (lectio divina, leitura espiritual e estudo da Palavra), participo da Santa Missa dominicalmente e nos demais dias Santos e de guarda, além de frequentar sempre que possível em outros dias da semana.
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via Blog da Vida
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