O jornal do Grupo Jaime Câmara descobriu apenas padres que apoiam o candidato do PSL a presidente. Não há nenhum que apoia Fernando Haddad?
Jornalismo simula uma independência que é puramente ficcional. Uma certa objetividade é necessária, porque permite que o leitor — e, às vezes, o eleitor — forme sua própria opinião sobre os fatos.
A reportagem “Arcebispo repreende posicionamento políticos de padres”, de “O Popular”, não é objetiva (isento nada é neste mundão de grandes sertões do Guimarães e estreitas veredas do Rosa). A matéria, assinada por Carol Almeida, ouviu o arcebispo de Goiânia, d. Washington Cruz, que admitiu que integrantes do clero da Igreja Católica podem ser punidos por pedir votos para candidatos.
Curiosamente, sinalizando que faltou esforço de reportagem, o jornal descobriu apenas dois padres que estão se posicionando politicamente. Os padres Cleidimar Moreira e Luiz Augusto Ferreira da Silva “divulgaram apoio a Jair Bolsonaro”, informa “O Popular”. Será que não há um padre em Goiás que não esteja pedindo voto para o candidato do PT a presidente da República, Fernando Haddad? Ah, ao claro dito progressista tudo deve ser “perdoado” — inclusive o não cumprimento de decisões canônicas.
O jornal ouviu dois cientistas políticos, ambos de primeira linha, para discutir a “participação” de religiosos em campanha política. Ora, o que cientista político tem a ver se padre está apoiando “a” ou “b” numa campanha eleitoral? Padres, bispos e pastores sempre participaram da história política do país. Eles não vão deixar de participar. É preciso ter cuidado e perceber que “censura” não é apenas “a” dos outros...
via Jornal Opção
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