Quem ensina é um professor que lida com crianças portadoras de distúrbios comportamentais.
Ele é uma montanha de homem. Com quase dois metros de altura, mais de 100 quilos, ombros largos e cabeça rasgada, você poderia presumir que ele fosse da linha defensiva do time [de futebol americano] Chicago Bears. Só que não.
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Ele é uma montanha de homem. Com quase dois metros de altura, mais de 100 quilos, ombros largos e cabeça rasgada, você poderia presumir que ele fosse da linha defensiva do time [de futebol americano] Chicago Bears. Só que não.
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Ao invés disso, ele leciona EBD (sigla em inglês para distúrbios emocionais e comportamentais) em uma universidade americana.
Quem começa a conversar com ele fica impressionado com uma gentileza estranha, até paradoxal. Todos os dias, ele passa o horário escolar com crianças perdidas ou esquecidas, abusadas ou abandonadas. Por causa de problemas genéticos ou de comportamento, elas causaram muito sofrimento e fizeram as pessoas desistirem dela. Tanto que elas também desistiram de si mesmas. Por isso, elas sentem raiva. Não confiam em ninguém. Atacam. Desistem.
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O professor faz pesquisas com as crianças. Pergunto como ele consegue. Por um momento, ele levanta as sobrancelhas e franze a testa. Depois, olha para mim e diz:
Sempre, antes de começar o dia, eu escrevo quatro coisas no quadro-negro:
1) Trabalhe duro;
2) Seja gentil;
3) Ajude os outros;
4) Faça pequenas melhorias a cada dia.
Todos os dias.
Algumas vidas são tão caóticas, tão complexas e oprimidas que não precisamos tornar as coisas ainda mais insuportáveis. São quatro das coisas mais importantes de que precisamos nos lembrar sempre.
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Sem dúvida! O que eu posso acrescentar é que os dias são longos e difíceis. Essas crianças podem ser brilhantes, mas elas estão perturbadas. Não é questão de obter notas B ou D, mas uma questão de se mostrar, de controlar seu temperamento, de sobreviver um dia após o outro. É uma questão de conseguir as pequenas coisas da vida, o que, lenta e imperceptivelmente, acaba levando às grandes coisas. E não são apenas essas crianças que precisam disso. Eu também preciso.
Pela graça de Deus, meus estudos e minha formação são diferentes. Muito diferentes. E as minhas filhas também. Mas as lições que este professor escreve na lousa todos os dias estão entre as mais importantes (e profundamente humanas) que eu já ouvi. Trabalhe duro, seja gentil, ajude os outros, faça pequenas melhorias todos os dias … Quatro das coisas mais importantes de que precisamos nos lembrar.
Pela graça de Deus, meus estudos e minha formação são diferentes. Muito diferentes. E as minhas filhas também. Mas as lições que este professor escreve na lousa todos os dias estão entre as mais importantes (e profundamente humanas) que eu já ouvi. Trabalhe duro, seja gentil, ajude os outros, faça pequenas melhorias todos os dias … Quatro das coisas mais importantes de que precisamos nos lembrar.
Sem dúvida.
*** (O autor tem permissão para transmitir esta história) ***
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