No dia 1.º de novembro de 2016, Amelia sofreu um acidente de trânsito e ficou inconsciente. Ela viajava com o marido, três companheiras e seu bebê, Santino, no ventre. O bebê nasceu quase dois meses depois, na noite de Natal, quando a mãe estava na trigésima semana de gestação e ainda em coma. A família não saiu do lado dela. Os médicos também não desistiram. Todos pediam orações. Ela foi transferida e no mês de abril, saiu do coma.
A história comoveu a província de Missões, que acompanhou de perto os vai-e-vem da família de Amelia nestes cinco meses. De acordo com o marido, Cristian, quando avisaram a Amelia que o menino iria nascer, ela teria aberto os olhos e mexido as mãos. Mas não conseguia acordar.
Depois do nascimento, o bebê foi colocado no peito da mãe. Quando ele chorou, ela abriu os olhos “grandes e fortes”. Mesmo com os olhos abertos, e com inúmeros estímulos da família, ela continuava sem despertar. Mas a família acreditava que Santino seria a chave para a cura de Amelia. Todos os dias, eles colocavam o bebê ao lado da mãe e no peito dela. Amélia, mesmo sem falar e sem dar sinais de estar acordada, o acomodava com os braços e com os dedos e mexia as pálpebras.
Até que um dia, juntamente com os irmãos, ela começou a balbuciar “sim” e “não”. “Se você estiver falando alguma coisa, mostre a língua”, perguntou o irmão. E Amelia mostrou. Neste primeiro diálogo, enquanto o irmão de Amélia lhe contava sobre o bebê, ela disse: “Deus me escutou”.
“Milhões de pessoas rezaram por ela. Foi impressionante o apoio espiritual que recebemos”, relatou César, o irmão de Amelia. Ele confirmou que, para os médicos, a recuperação dela foi um milagre. “Deus existe, porque se mostrou e se mostra a nós todos os dias”, finalizou, agradecendo as correntes de oração.
E ele estava certo. Todo mundo se unido para arrecadar fundos a fim de pagar o tratamento dela. No carnaval, os moradores de São Pedro organizaram uma festa e conseguiram mais de 30 mil pesos. As mensagens de apoio de várias partes do mundo também chegaram até a família.
O caminho até a recuperação total ainda é longo. Mas Amélia dá grandes passos. Já comeu e beija Santino.
“Um milagre que procura outro”, tinha escrito seu irmão poucos dias antes que ela despertasse, mostrando a foto do bebê.
E o milagre encontrou outro milagre.
Via Aleteia
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