O Pe. Savino D’Amelio, sacerdote da localidade de Amatrice, começou a chorar ao perceber o estado que ficou esta localidade italiana, destruída pelo terremoto de magnitude 6,2 graus na escala Richter, ocorrido na madrugada de ontem no centro do país e que até o momento causou 247 vítimas mortais.
“Estamos vivendo esta tragédia e não sei o que dizer. Esperamos apenas que haja o menor número de vítimas possível e que todos tenhamos a coragem de seguir em frente”, expressou o Pe. D’Amelio em um vídeo divulgado por ‘La Reppublica’, e em seguida chorou pelas vítimas e pelo povo.
O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) indicou que o sismo ocorreu às 3h36 (hora local) e teve uma profundidade de 10 quilômetros. As localidades mais afetadas são Amatrice, Nórcia e Accumoli que é o município mais próximo à zona onde se registrou o sismo.
Segundo a imprensa internacional, Accumoli tem 700 habitantes; enquanto a população de Amatrice é de aproximadamente 2.000 e a de Nórcia, 4.000.
O prefeito de Amatrice, Sergio Pirozzi, disse que “metade da cidade já não existe, as pessoas estão sob os escombros”. Além disso, ficaram sem eletricidade e as ruas de acesso estão bloqueadas.
O Pe. Savino D’Amelio, que também assiste uma casa de repouso, disse à Rádio Vaticano que este edifício está firme e nenhum idoso morreu. “Infelizmente, há outro instituto feminino onde há três irmãs sob os escombros. Treze pessoas se salvaram porque estavam em outra região. Esta é a realidade da nossa instituição”, expressou.
Com a voz entrecortada, o sacerdote lamentou a tragédia. “Conheço todos, o povo não é grande”, indicou o Pe. D’Amelio, ao assinalar que “há crianças, jovens, adultos e idosos mortos” e que os feridos estão sendo levados ao hospital.
Por sua parte, o Bispo de Ascoli, Dom Giovanni D’Ercole, assinalou que “o cenário é desolador”. “Quando cheguei pela manhã, vi uma cidade destruída, gritos, morte”, relatou o Prelado, cuja diocese também foi atingida pelo terremoto na madrugada da quarta-feira.
Entre os povoados que visitou está Pescara del Tronto, um local completamente destruído no qual teve que ir “aos escombros para dar a Unção dos Enfermos a dois corpos de crianças”.
Segundo o chefe da Defesa Civil da Itália, Fabrizio Curzio, este terremoto foi parecido ao que destruiu a cidade de Áquila em 2009. Aquele sismo foi de magnitude 6,3 graus e causou a morte de 300 pessoas.
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