O alto índice de pessoas idosas é um problema comum em todos os países, e com isso vem à tona a triste realidade daqueles que são abandonados pela família em asilos ou “casas de repouso”.
Eles passam o réveillon e as férias de verão sem serem visitados, nem mesmo um telefonema recebem. E para completar, os poucos funcionários desses asilos não conseguem dar a atenção que cada um desses pacientes necessita.
Os idosos que ficam internados nos asilos esperam ansiosos por um telefonema de seus familiares. As lágrimas caem em suas faces, devido a algum sentimento muito forte que oprime seus corações. O Sr. Mak Filiser era mais um idoso numa situação como esta.
Esta carta teve forte repercussão na mídia japonesa, devido ao fato do grande número de idosos que são abandonados em asilos.
Quando o sr. Mak, conhecido mais como o “velhinho lunático” veio a falecer dentro do asilo em que estava internado, e o quarto que ocupava tinha que ser esvaziado, uma das enfermeiras encontrou uma carta escrita por ele.
Enfermeira, o que você vê?
Quando você me olha, o que pensa?
Um velho lunático e estúpido.
Com um olhar distante e incompreensível?
Derrama o que está comendo e não responde a nada.
E você grita “Porque não faz sozinho?”
Mas, eu nem ao menos percebo.
Meus sapatos e minhas meias, sempre desaparecem?
Nem sempre responde à relutância.
Mesmo que o dia seja tão longo, devido ao banho e as refeições?
O que você pensa? O que você vê?
Abra seus olhos e veja. Pois você não está enxergando.
E estou sentado aqui, imóvel e vou te contar sobre quem eu sou.
Sendo alimentado e ouvindo ordens.
Sou uma criança pequena de uns 10 anos de idade.
Cresci muito amado pelos meus pais, irmãos e irmãs.
Sou um jovem de 16 anos de idade.
Criei asas, sonho em futuro próximo, encontrar minha amada.
Na época da idade adulta, com 20 anos de idade.
Meu coração em festa, lembro-me com todo meu esforço dos votos de casamento.
Meu filho nasceu quando eu tinha 25 anos de idade, aprendi como devia ensiná-lo, cuidei de minha família alegremente.
Com 30 anos de idade.
Meus filhos crescendo, os laços do matrimônio mais fortes, tudo isso precisava durar eternamente.
Aos meus 40 anos de idade, um filho tão jovem veio a falecer.
Mas, minha amada esposa estava ao meu lado. Por isso, aguentei a tristeza.
50 anos de idade. Agora meus netos estão ao meu redor.
E estamos tranquilos, pois eu e minha esposa estamos acostumados a cuidar de crianças.
Num dia muito escuro, minha amada veio a falecer.
Só de pensar no futuro, fico muito assustado.
Passo a refletir sobre o amor e sobre todos esses anos que se passaram, meus filhos e meus netos.
Agora, eu sou apenas um velho.
A natureza é cruel.
Pois envelhecer é um processo natural.
É desagradável envelhecer, por isso nos mostramos estúpidos.
O corpo enfraquece, perdemos a elegância e a vitalidade e, o coração se transformou em pedra.
Mas, neste corpo envelhecido ainda adormece o coração de um jovem.
E, as vezes meu coração despedaçado se enche de alegria.
Me recordo da alegria e da dor.
Volta a sentir o que é amar e como é viver.
Quando me ponho a refletir sobre minha vida, parece longo e ao mesmo tempo curto…
Preciso aceitar a dura realidade de que a eternidade não existe.
Portanto, vocês devem abrir os olhos e enxergar!
Olhem para mim!
Eu não sou um velho lunático e estúpido.
* * *
O avanço da idade vem para todos nós, e um dia chegamos ao fim da vida. Isso ocorre a todos os seres que vivem neste mundo. O corpo já não se move como queremos, mas o sentimento da época da juventude sempre se mantém viva. O coração de um jovem sempre se manterá intacto.
Vivemos em meio a uma vida muito atribulada, será que não estamos esquecendo das pessoas que são de fato importantes para nós?
Que tal fazer uma visita a um velhinho que está morando sozinho ou vive numa casa de repouso?
Via Portal Mie
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