A igreja São João Batista de José
Bonifácio (SP) recebeu neste domingo (7) fiéis de toda a região noroeste
paulista para o início oficial dos trabalhos diocesanos para o processo de
beatificação e canonização do Monsenhor Ângelo Angioni.
Ele morreu há sete anos e, segundo a igreja
católica, ao exumar o corpo nesta semana, postuladores de Roma - responsáveis
por recolher informações para beatificações - perceberam que o coração estava
intacto e não se deteriorou com o tempo. Peritos começam agora uma investigação
para a possível beatificação dele.
Ângelo Angioni, tido como Santo pelos fiéis,
nasceu na Itália em 1915. Foi ordenado padre aos 23 anos. Chegou ao Brasil em
1951 e foi direto para José Bonifácio onde atuou por quase 60 anos. Morreu em
2008 e foi enterrado na Igreja Matriz. O túmulo do Monsenhor - título de honra
conferido pelo Papa a padres católicos por serviços prestados à igreja - recebe
centenas de fiéis todos os anos.
A missa foi celebrada pelo bispo Dom Tomé
Ferreira da Silva. Os integrantes do Tribunal Eclesiástico que vai analisar os
milagres atribuídos ao Monsenhor foram apresentados à comunidade. No fim da
celebração, os restos mortais do religioso, inclusive o coração, foram
apresentados aos fiéis.
Dois postuladores de Roma estão na cidade
desde o dia 29 e o que mais chamou a atenção foi o coração intacto do
religioso. O processo de decomposição do corpo humano começa de dentro para
fora e em até dois meses, o coração se desfaz. Em dois anos, a maioria dos
corpos enterrados está totalmente decomposta, restando apenas ossos, cabelos,
dentes e unhas.
Para o postulador Paulo Vilotta, a
preservação de qualquer parte do corpo pode ocorrer por vários motivos. “Isso é
um fator natural, pode acontecer com qualquer um de nós. Mas é um estímulo para
rezar, pedir graças e elevar o padre, uma figura venerada na região”, comentou
Vilotta.
Para que Ângelo Angioni seja declarado beato
é preciso que a igreja reconheça um milagre pela intercessão do Monsenhor e
depois, para ser considerado Santo, mais um milagre precisa ser comprovado
pelos peritos do Vaticano. Um processo longo que pode durar décadas, mas
depende dos fiéis que vão pode ajudar contando histórias e apresentando cartas
e documentos que falem sobre os possíveis milagres.
Confira a reportagem: http://g1.globo.com/sao-paulo/sao-jose-do-rio-preto-aracatuba/tem-noticias-1edicao/videos/t/edicoes/v/em-exumacao-coracao-de-padre-e-encontrado-intacto-7-anos-apos-morte/4237411/
Fonte: G1
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