Cristiano Antonio de Oliveira destruiu a imagem do padroeiro da capela, o Santo Expedito
Um homem invadiu a capela de Santo Expedito,
localizada no bairro Jardim Petrópolis, em São Gonçalo do Amarante (região
metropolitana de Natal), e quebrou imagens e objetos do altar central da igreja
católica, nesta segunda-feira (30).
Ele foi detido, mas está internado no
Hospital João Machado, em Natal, com quadro de
surto psicótico e não tem previsão de alta.
Segundo a polícia, Cristiano Antonio de
Oliveira estava com uma barra de ferro quebrando o que encontrava dentro da
igreja. Ele destruiu a imagem do padroeiro da capela, o Santo Expedito.
Oliveira derrubou cadeiras e as mantas que
estavam enfeitando os altares da capela, ainda arrumados da missa de Domingo de
Ramos, realizada no último domingo (29). Outros objetos, como castiçais de
cristal, também foram quebrados.
"Ele arrombou a porta central da igreja
com muita força, empenou uma barra de ferro, destruiu seis ferrolhos antes de
quebrar todos os objetos do altar central junto com a imagem de Santo
Expedito", contou o coordenador da capela de Santo Expedito, Ivanilson
Gabi.
Durante o quebra-quebra, Oliveira ainda
fotografou os objetos destruídos e tirou uma foto dele dentro da igreja. O
material foi apreendido pela polícia. Em depoimento prestado na delegacia de
São Gonçalo do Amarante, onde a ocorrência foi registrada, Oliveira disse que
recebeu uma "mensagem divina" e que a Igreja Católica pregava
"errado em usar imagens de santos".
"Ele estava alterado, dizendo que havia
recebido uma missão de abrir os olhos das pessoas para não cultuar imagem e
quebrou o que conseguiu na igreja. Só não quebrou mais coisas porque foi
contido por um policial que mora próximo. O vandalismo dele será associado à
intolerância religiosa", disse um investigador da delegacia de São Gonçalo
do Amarante.
Oliveira não tem advogado constituído e deve
ser representado por um defensor público. Em depoimento, negou que tenha
praticado intolerância religiosa. "Ele disse que atendeu a um chamado e
não tem culpa do que fez", disse o policial.
O coordenador da capela Santo Expedito disse
que o rapaz já frequentou a igreja, mas soube por moradores que ele havia se
convertido ao protestantismo recentemente. A família dele foi procurada pela
reportagem, mas não quis se manifestar sobre o assunto.
O ataque à igreja causou comoção aos fiéis.
Na noite desta segunda-feira, houve uma missa, que ficou lotada. "Não
estamos para criticar quem tem outras crenças, mas queremos que nos respeitem
como cristãos católicos e nós temos uma única fé, que é em Deus, nosso
salvador", disse o coordenador da capela.
Fonte: Uol
Espalhe essa notícia para seus amigos no Facebook: compartilhe!
Basta clicar no botão compartilhar tão abaixo: