Elisângela Barbosa
chegou a tomar remédios para impedir quarto filho.
É o 2º caso investigado no RJ sobre crimes em clínicas clandestinas.
Uma mulher morreu neste
sábado (20) depois de ser submetida a um aborto em Niterói, Região
Metropolitana do Rio. Elisângela Barbosa tinha 32 anos e deixa três filhos.
Meses antes de se submeter a cirurgia, a vítima teria ingerido remédios
abortivos, segundo o delegado Adilson Palácio, da Divisão de Homicídios de
Niterói. A polícia informou ainda que já tem os nomes de pessoas que teriam
envolvimento na morte de Elisângela.
- Ela tentou realizar o
aborto através de medicações, mas não teve sucesso. A gravidez teve progressão
e ela quis fazer o procedimento médico - afirmou o delegado.
Este é o segundo caso
em menos de um mês que a polícia investiga sobre crimes praticados em clínicas
clandestinas na Região Metropolitana do Rio. No dia 26 de julho, Jandira Magalena dos Santos
desapareceu após se submeter
à operação.
A
Divisão de Homicídios de Niterói investiga se é verdadeira a informação de que
pessoas, não identificadas, pararam o motorista deste carro, na Estrada de
Ititioca, que é cercada por favelas. Na delegacia, o motorista contou que foi
obrigado a deixar Elizangela no Hospital Estadual Azevedo Lima.
Duas
mulheres também teriam entrado no carro. A dona de casa morreu minutos depois
de chegar ao hospital. Na necropsia, legistas encontraram um tubo plástico no
útero dela.
Elizangela
foi vista pela última vez na manhã de sábado, quando o marido a deixou na
Estrada da Tenda, no bairro Engenho Pequeno, na periferia de São Gonçalo.
Segundo o marido, nesse local ela se encontrou com um homem que a levaria a uma
clínica de aborto. Na bolsa, ela levava R$ 2,8 mil para pagar a cirurgia.
A
polícia suspeita que a clínica funcione em Niterói. Elizangela estava grávida
de cinco meses e já tinha três filhos. Não queria mais um. Ela e o marido
trocaram quatro mensagens pelo celular entre sábado e domingo.
Fonte: G1 Rio