O Rosário da Santíssima Virgem Maria reaviva a nossa fé, tem em si uma
maneira fácil para fazer penetrar e imprimir nas almas os principais
dogmas da fé cristã. Com efeito, é principalmente pela fé que o homem
direta e seguramente se aproxima de Deus e aprende a adorar com a mente e
com o coração a imensa majestade do Deus único e verdadeiro, a sua
autoridade sobre todas as coisas, o seu sumo poder, a sua infinita
sabedoria e a sua providência infalível. Por isso, “sem a fé é impossível
agradar a Deus, pois quem dele se aproxima deve crer que ele existe e
recompensa os que o procuram” (Hb 11, 6). Todavia, tendo em vista que
Jesus Cristo, o eterno Filho de Deus, assumiu a natureza humana, viveu no
meio de nós, e continua a ser para nós caminho, verdade e vida (cf. Jo 14,
6), é necessário que a nossa fé abrace também os profundos mistérios da
Santíssima Trindade, das três pessoas divinas, e do Filho unigênito do
Pai, Deus feito homem: “Esta é a vida eterna: que conheçam a ti, o Deus
único e verdadeiro, e a Jesus Cristo, aquele que enviaste” (Jo 17,
3).
A Santíssima Trindade nos deu um benefício de valor incalculável quando
nos deu esta a santa fé, professada pela Igreja desde os primórdios do
cristianismo. Pois, por meio desta fé nós “nos elevamos acima de todas as
coisas humanas, até nos tornarmos como que contempladores e participantes
da natureza divina” (Papa Leão XIII, Carta Encíclica Magnae Dei Matris sobre o Rosário de Nossa Senhora, 5) e adquirimos um direito, de
mérito imenso, às eternas recompensas. Desse modo, se alimenta e se
consolida em nós a esperança de um dia podermos contemplar Deus, não mais
através das imagens das coisas criadas, mas no seu pleno esplendor, e
podermos gozar eternamente d’Ele, nosso sumo bem. Entretanto, o cristão é
de tal forma tomado pelas diversas preocupações da vida (cf. Mt 13, 22; Mc
4, 19), e se inclina tão facilmente para as vaidades deste mundo, que, sem
uma frequente e salutar recordação dos mistérios da fé, pouco a pouco
esquecerá as coisas mais importantes e mais necessárias, e dessa forma a
sua fé se enfraquecerá e finalmente se extinguirá.
Para preservar seus filhos deste gravíssimo perigo para a fé, a Igreja não
descuida de nenhum dos meios que a sua vigilância e o seu cuidado pelos
fiéis lhe sugerem. Dentre esses meios, “o Rosário em honra de Maria não é,
certamente, o último que ela emprega para sustentar a fé”. Com a sua
maravilhosa e eficaz oração, ordenadamente repetida, o Rosário de Nossa
Senhora nos leva à recordação e à contemplação dos principais mistérios da
nossa fé. Em primeiro lugar, o Rosário nos lembra daqueles mistérios pelos
quais “o Verbo se fez carne” (Jo 1, 14) e Maria, Virgem intacta e Mãe, lhe
prestou com santa alegria os seus maternais ofícios. Depois, contemplamos
as amarguras, os tormentos, a morte de Cristo, preço da salvação de todo o
gênero humano. Nos mistérios da Luz, contemplamos as manifestações de
Jesus Cristo, “Luz do mundo” (Jo 8, 12), em sua vida pública. Finalmente,
contemplamos os mistérios gloriosos: o triunfo de Cristo sobre a morte, a
ascensão ao céu, a vinda do Espírito Santo, o esplendor radiante da Virgem
Maria assunta ao céu, e, por último, com a glória da Mãe e do Filho, a
glória eterna de todos os Santos.
Nesta a ordenada sucessão dos inefáveis mistérios de Deus contemplados no
Santo Rosário, é frequente e insistentemente relembrada à memória dos
fiéis, se desenrolam diante dos nossos olhos os mistérios da fé. Quando
rezamos bem o Rosário de Nossa Senhora, temos a alma inundada por uma
doçura sempre nova. Experimentamos a mesma impressão e emoção que
experimentaríamos se ouvíssemos a própria voz de sua dulcíssima Virgem
Maria, Mãe de Deus, no ato de nos explicar esses mistérios e de nos
dirigir salutares exortações.
Assim, o Rosário da Santíssima Virgem Maria enriquece e fortalece a nossa
fé nos mistérios do seu Filho Jesus Cristo, que veio ao mundo para nos
salvar. O Sumo Pontífice, Papa Leão XIII, nos ensina que “a fé
absolutamente não deve temer os perigos da ignorância e dos nefastos erros
naqueles lugares, no seio daquelas famílias e no meio daqueles povos onde
se mantém na primitiva honra a prática do Rosário” (Papa Leão XIII, Carta
Encíclica Magnae Dei Matris sobre o Rosário de Nossa
Senhora, 5). Por isso, se queremos nos manter firmes na verdadeira fé da
Igreja, não nos afastemos da oração do Rosário. Pelo contrário, nos
aproximemos cada vez mais desta oração, que faz parte do patrimônio da fé
da Igreja há muitos séculos e que a livrou de muitos perigos e a socorreu
em muitas de suas necessidades. Propaguemos a salutar devoção do Santo
Rosário, que nos recorda os mistérios de Cristo, reaviva a nossa fé e nos
mantém firmes nessa fé.
Nossa Senhora do Rosário de Fátima, rogai por nós!
via Canção Nova
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