O Sumo Pontífice Papa Leão XIII nos fala, na Carta Encíclica Magnae Dei Matris sobre o Rosário de Nossa Senhora, das ternuras da Santíssima Virgem Maria, Mãe de Jesus Cristo e nossa Mãe Celeste.
A Virgem de Nazaré, escolhida entre todas as mulheres da Terra para ser Mãe do Redentor, é a expressão da ternura e da misericórdia de Deus por todo gênero humano. Em Cristo recebemos o dom da paternidade divina, temos Deus por Pai, e o dom da maternidade na ordem da graça, temos Nossa Senhora por nossa Mãe. Com amor de Mãe, a Virgem Maria está sempre presente em nossas vidas, atenta a todos os sofrimentos, angústias, necessidades.
A Virgem de Nazaré, escolhida entre todas as mulheres da Terra para ser Mãe do Redentor, é a expressão da ternura e da misericórdia de Deus por todo gênero humano. Em Cristo recebemos o dom da paternidade divina, temos Deus por Pai, e o dom da maternidade na ordem da graça, temos Nossa Senhora por nossa Mãe. Com amor de Mãe, a Virgem Maria está sempre presente em nossas vidas, atenta a todos os sofrimentos, angústias, necessidades.
É difícil dizer o quanto é agradável a Virgem Maria a nossa oração quando a saudamos com louvor do Anjo, a Ave-Maria, (cf. Lc 1, 28) e depois repetimos o mesmo elogio, como que formando com ele uma devota coroa. Pois, cada vez que fazemos esta oração, nós despertamos nela a lembrança da sua sublime dignidade e da redenção do gênero humano, iniciada por Deus por meio dela. Em consequência, nós também recordamos a Maria esse divino e indissolúvel vínculo, com que ela está unida às alegrias e às dores, às humilhações e aos triunfos de seu Filho Jesus Cristo. Unida a seu Filho, Nossa Senhora está também unida a nós com a missão de nos guiar e assistir para a salvação eterna.
Jesus Cristo, na sua infinita bondade, quis assemelhar-se a nós e dizer-se e mostrar-se filho do homem, e por isto nosso irmão, a fim de que mais luminosa nos aparecesse a sua misericórdia para conosco: “Em tudo ele teve de ser feito semelhante a seus irmãos, para se tornar misericordioso” (Heb 2, 17). Por sua vez, a Virgem Maria, pela escolha divina para ser Mãe de Jesus – Nosso Senhor, que é, ao mesmo tempo, nosso irmão – teve, entre todas as mães, a singular missão de manifestar e de derramar sobre nós a sua misericórdia. Além disto, da mesma forma que nós somos devedores a Cristo por nos tornar participantes do seu próprio direito de chamar e de ter a Deus por Pai, também somos igualmente devedores a Ele por amorosamente nos tornar participantes do seu direito de chamar e de ter Nossa Senhora por Mãe.
Por natureza, o nome de mãe é entre todos o mais doce. O nome de mãe é o termo de comparação de todo amor terno e solícito. Todas as almas piedosas sentem, embora sua língua não consiga exprimir, que uma imensa chama de amor condescendente e operoso arde em Maria, que, não por natureza, mas por vontade de Cristo, é nossa Mãe. Por isso ela vê e entende, muito melhor do que qualquer outra mãe, todas as nossas coisas: as necessidades da nossa vida; os perigos públicos e particulares que nos ameaçam; as dificuldades e os males em que nos debatemos; e principalmente a difícil luta que devemos sustentar para a salvação da nossa alma, contra inimigos violentíssimos.
Assim, o Papa Leão XIII nos recorda que em todos os sofrimentos e angústias da vida, mais do que qualquer outra pessoa, a Virgem Maria pode e deseja trazer a nós, seus caríssimos filhos, a consolação, a força, o auxílio em todas as nossas necessidades. Por isso, recorramos sempre confiantes e alegres a Nossa Senhora. Supliquemos a Maria pelos laços maternos que a une tão estreitamente a seu Filho Jesus Cristo e a cada um de nós. Invoquemos com máxima devoção o poderoso auxílio da Santíssima Virgem, servindo-nos principalmente da Ave-Maria e do Santo Rosário, que ela mesma nos indicou e que tanto lhe agrada. Permaneçamos fiéis devotos da Virgem Maria e poderemos, com razão, repousar com o coração tranquilo e alegre, sob a proteção da mais terna entre todas as mães.