O Sumo Pontífice Papa Leão XIII ensina, na Carta Encíclica Magnae Dei Matris sobre o Rosário de Nossa Senhora, que para aplacar a majestade de
Deus ofendida pelos homens e para proporcionar o necessário remédio
àqueles que tanto sofrem, certamente não há melhor meio do que a oração
devota e perseverante, contanto que unida ao espírito e à prática da vida
cristã. Para alcançarmos estes objetivos, o meio mais indicado é o
“Rosário Mariano”. A sua poderosíssima eficácia do Rosário tem sido
experimentada e exaltada desde a sua origem, com São Domingos de Gusmão,
fundador da Ordem dos Dominicanos, no século XIII.
A seita dos Albigenses – aparentemente defensora da integridade da fé e
dos costumes, mas, na realidade, perturbadora e péssima corruptora dela –
era para muitos povos causa de grande ruína. A Igreja combateu contra os
Albigenses e as suas infames facções, não com exércitos ou com armas, mas
principalmente com a força do Santo Rosário, que o patriarca São Domingos
propagou, por inspiração da própria Virgem Mãe de Deus. A Igreja,
gloriosamente vitoriosa de todos os obstáculos, nessa e em outras
tempestades semelhantes, proveu sempre com esplêndido êxito a salvação de
seus filhos.
Considerando a realidade atual, na qual a Santa Igreja, e consequentemente
seus fiéis, se vêm atacados de diversos modos, inclusive em sua doutrina,
o que é penoso para a religião e perigosíssima para a sociedade, “é
necessário que todos juntos – com piedade igual à dos nossos antepassados
– roguemos e supliquemos a grande Mãe de Deus”, para que, conforme os
votos comuns, possamos alegrar-nos por experimentar igual eficácia do seu
Rosário. O Papa Leão XIII insistiu que rezássemos o Santo Rosário em
vários escritos, inclusive dez Encíclicas sobre o Rosário de Nossa
Senhora, porque ele acreditava na eficácia e do poder desta oração. O
Santo Padre também insistiu para que rezássemos o Rosário porque esta foi
a oração pela qual a Igreja alcançou grandes vitórias contra os inimigos
de Deus.
Quando recorremos a Virgem Maria, recorremos à Mãe da misericórdia, Mãe de
nosso Senhor e Redentor Jesus Cristo. Nossa Senhora está tão bem disposta
para colaborar conosco, que em qualquer necessidade nossa, sobretudo nas
espirituais, ela logo, espontaneamente, sem sequer ser invocada, vem em
nosso socorro. Por isso, não deixemos de recorrer com confiança a ela,
principalmente através do Santo Rosário. Não tenhamos medo de recorrer a
Nossa Senhora, pois quando rezamos o Rosário meditamos os mistérios de
Cristo. Pois, quando nos aproximamos da Virgem Mãe de Deus, também nos
fazemos próximos do seu Filho Jesus Cristo.
Assim, nos confiemos a Virgem de Nazaré, que faz-nos participar do tesouro
da graça divina, cuja plenitude ela, desde o princípio, recebeu de ser Mãe
de Deus. Para que Maria pudesse tornar-se digna da superabundância de
graça, é que Deus elevou a Virgem muito acima de todos os homens e de
todos os Anjos, e a aproximou de Cristo, mais do que se aproxima qualquer
outra criatura: “É coisa grande em qualquer santo o possuir tanta graça
que baste para a salvação de muitos; mas, se ele a tivesse tanta que
bastasse para a salvação de todos os homens do mundo, isto seria o máximo;
e isto se verifica em Cristo e na bem-aventurada Virgem” (S. Tomás, op.
VIII, Super Salutatione Angelica).
via Canção Nova
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