Papa Francisco nos ensina três simples posturas do Pastores, pais e educadores para transmitir aos jovens os valores que farão deles construtores de um País e de um mundo mais justo, solidário e fraterno.
Papa Francisco e Nossa Senhora Aparecida |
O Santo Padre convidou-nos, como primeira postura, a conservar a esperança em meio às dificuldades na vida de cada um, do nosso povo, das nossas comunidades. Por maiores que possam parecer, Deus nunca deixa que sejamos vencidos. “Frente ao desânimo que poderia aparecer na vida, em quem trabalha na evangelização ou em quem se esforça por viver a fé como pai e mãe de família, quero dizer com força: Tenham sempre no coração esta certeza! Deus caminha a seu lado, nunca lhes deixa desamparados! Nunca percamos a esperança! Nunca deixemos que ela se apague nos nossos corações! O “dragão”, o mal, faz-se presente na nossa história, mas ele não é o mais forte. Deus é o mais forte, e Deus é a nossa esperança!”
Em nossos dias todas as pessoas, inclusive os nossos jovens, “experimentam o fascínio de tantos ídolos que se colocam no lugar de Deus e parecem dar esperança: o dinheiro, o poder, o sucesso, o prazer. Frequentemente, uma sensação de solidão e de vazio entra no coração de muitos e conduz à busca de compensações, destes ídolos passageiros”. Frente a esse ídolos, o Papa Francisco nos ensina qual deve ser nossa postura: “Queridos irmãos e irmãs, sejamos luzeiros de esperança! Tenhamos uma visão positiva sobre a realidade. Encorajemos a generosidade que caracteriza os jovens, acompanhando-lhes no processo de se tornarem protagonistas da construção de um mundo melhor”. Os jovens não precisam só de coisas, por isso devemos propor a eles os valores imateriais, que são o coração espiritual de um povo, a memória de um povo. “Neste Santuário, que faz parte da memória do Brasil, podemos quase que apalpá-los: espiritualidade, generosidade, solidariedade, perseverança, fraternidade, alegria; trata-se de valores que encontram a sua raiz mais profunda na fé cristã”.
A segunda postura que o Santo Padre nos ensina é a de “Deixar-se surpreender por Deus. Quem é homem e mulher de esperança – a grande esperança que a fé nos dá – sabe que, mesmo em meio às dificuldades, Deus atua e nos surpreende”. Esta ação surpreendente de Deus se fez presente na vida dos três pescadores, que depois de um dia sem conseguir apanhar peixes, nas águas do Rio Paraíba, encontram algo inesperado: uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. “Quem poderia imaginar que o lugar de uma pesca infrutífera, tornar-se-ia o lugar onde todos os brasileiros podem se sentir filhos de uma mesma Mãe?” Deus sempre nos surpreende, sempre nos reserva o melhor. Por isso, nos deixemos surpreender pelo seu amor e acolhamos as suas surpresas. Confiemos em Deus, pois, longe d’Ele, o vinho da alegria, o vinho da esperança (cf. Jo 2, 1-10), se esgota. Ao contrário, se nos aproximamos d’Ele, as dificuldades, os nossos pecados, se transformam em vinho novo de amizade com Ele.
Papa Francisco nos explica uma terceira postura: “Viver na alegria”. Se caminhamos na esperança, deixando-nos surpreender pelo vinho novo (cf. Jo 2, 6-10) que Jesus nos oferece, há sempre alegria em nosso coração. Por isso, não podemos deixar de ser testemunhas dessa alegria. “O cristão é alegre, nunca está triste”. Pois, Deus nos acompanha e temos uma Mãe que sempre intercede pela vida dos seus filhos, como a rainha Ester (cf. Est 5, 3). Jesus nos mostrou que a face de Deus é a de um Pai que nos ama. O pecado e a morte foram derrotados por Cristo. Por isso, “o cristão não pode ser pessimista!” Não podemos ter um rosto triste, de quem parece estar num constante estado de luto. Se verdadeiramente amamos Jesus Cristo e sentimos o quanto Ele nos ama, “o nosso coração se ‘incendiará’ de tal alegria que contagiará quem estiver ao nosso lado”.
Por fim, o Santo Padre aponta-nos o caminho de Jesus Cristo pelas mãos maternas de Nossa Senhora: “Queridos amigos, viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2, 5). Sim, Mãe nossa, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria”. Papa Francisco nos ensina a confiar na intercessão materna de Maria e a sermos obedientes ao seu Filho, vivendo essas três simples posturas: conservar a esperança; deixar-se surpreender por Deus; e viver na alegria.
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